domingo, 30 de agosto de 2020

 


O Lobo e o Cordeiro


HistóriaEsopo, La Fontaine e Monteiro Lobato esforçaram-se para espalhar a fábula cujos personagens polarizam com clara distinção o bem e o mal. Na narrativa está o manso e indefeso Cordeiro a beber da doce água do córrego quando aparece o Lobo. Sua postura altiva, suas garras a mostra, sua fome nos olhos, fazem tremer o cordeiro. Animal que nada pode fazer além de pôr o rabo entre as pernas, abaixar as orelhas e curvar-se desculposamente diante da força que a natureza havia dado ao Lobo.
E o Cordeiro tenta explicar-se, tenta argumentar de que não está sujando a água do Lobo e que diante da sede não encontrara alternativa, senão o regato. O Lobo, mesmo se enrolando frente aos argumentos do outro, acaba por devorá-lo. Afinal, se o Cordeiro tem sede, ele tem fome.
Fica, ao fim da fábula, uma moral que estabelece o Lobo como mau e o Cordeiro como bom. Unicamente porque o primeiro devora o segundo que é indefeso.


Características: Lobo, mau. Cordeiro, bom.

Sugestão de tema filosófico: Nietzsche e a moral do senhor e do escravo; Sartre e o existencialismo.

Provocações: 
Julgar o Lobo como mau e o Cordeiro como bom é uma avaliação moral?
A partir de outro(s) sistema de valor moral essa concepção de bom e mau ganharia novos valores?
Qual relação se pode estabelecer entre o modo de julgar a existência e a essência de cada um dos personagens?

Sugestão de material:
LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo. Ed. Brasiliense, 1975.
ESOPO. Fábulas Completas.São Paulo. Ed. Moderna, 2004.
FONTAINE, Jean de La. Fábulas de La Fontaine. Rio de Janeiro. Ed. Itatiaia, 1989.

Audiovisual:
https://www.youtube.com/watch?v=8rB-7ck6ktc
https://filmow.com/o-lobo-e-o-cordeiro-a-raposa-e-as-uvas-a-raposa-e-o-corvo-t30603/

Blogs sites:http://saladeleituramobile.blogspot.com.br/2013/06/o-lobo-e-o-cordeiro-esopo-um-lobo-ao.html


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